segunda-feira, 22 de agosto de 2011

desabafo bom.

Ei, chega mais. Deixa eu te contar que hoje sonhei com o dia em que nossos olhos se cruzaram pela primeira vez. Sua camisa verde, a impressora, o corredor, meu casaco cinza, o café ruim. E veja você: me peguei desenhando esse momento com os olhos fechados hoje. E deixa eu te contar que ainda me surpreende a forma como você virou o jogo. O jeito como nada sutilmente me enfeitiçou.
A vida ia bem. Estava decidida a caminhar sozinha um tempo, chutando as pedrinhas do caminho sozinha, comendo a batata do Mc sozinha, pensando no que fazer aos finais de semana sozinha, essas coisas. Foi quando você deu o golpe de misericórdia. Disse que era tudo ou nada. Cansara de bancar o meu refúgio de poucas (mas boas) horas. Tirou meu consentimento de te ligar a qualquer hora, te ver a qualquer hora, querer um beijo a qualquer hora. Encurralou meu coração, laçou minhas pernas que viviam bambas com seus beijos.
E, sem perceber, vi meu coração empalidecer. Passei a reparar no contorno das suas sombrancelhas, no formato dos seus lábios, no tamanho do seu amor por mim. Engoli o pedido de desculpas por toda a indecisão da minha vida e lhe tasquei um beijo que selou tudo: os chopes de convencimento, os presentes e cartas de amor, os emails gigantes falando sobre o céu, o amor, o nada.
Hoje, quero dividir minha batata do Mc com você, planejar minhas horas com você e sair de mãos dadas pelo mundo com você.
Ai que bom será se isso nunca acabar.




2 comentários:

Rô disse...

E eu te amo assim do tamanho do mundo... obrigado por me fazer tão feliz e tão apaixonado por você! Obrigado pelos sonhos juntos, pelos planos, pela realidade, por tudo o que nos torna tão próximos.
Te amo!

Larissa Saram disse...

Que lindo, Ve. Fazia tanto tempo que não passava por aqui...Senti saudades dos teus escritos tão bem escritos!